Curitiba é internacionalmente conhecida pelo seu sistema de transporte coletivo. Um dos mais avançados do mundo.
Como morador de Curitiba, sei que na pratica, ainda há falhas, seja de gerenciamento, de engenharia e de politicas. O resultado dessas falhas ficou evidente em alguns sérios acidentes envolvendo ônibus (aqui e aqui) e, pra quem mora na cidade, sabe que ocorrências com ônibus são bastante frequentes na cidade.
Bom, mas ontem, antevéspera do aniversário de 318 anos da cidade, o curitibano ganhou de presente os novos ônibus que serão conhecidos como "Azulzão" ou "Ligeirão Azul". Eles rodarão em duas "linhas", uma ligando o Terminal Pinheirinho a Estação Lourenço Pinto e outra ligando o Terminal Boqueirão a Estação Praça Carlos Gomes.
Os Mega BRT (Bus Rapid Transit) tem nada menos que 28 metros de comprimento e 2.75 de largura! E, assim como os "Vermelhão" são bi-articulados. Funcionarão com biodiesel e - talvez a maior evolução - terão sistema de abertura de semáforos. Ou seja, quando o "busão" tá chegando no semáforo, ele abre e não haverá necessidade de parada. Isso reduz o tempo de viagem e também economiza combustível com consequente redução de emissões!
Por curiosidade, calculei o tempo gasto para fazer a viagem de carro (pelo Google Maps):
Terminal Pinheirinho - Estação Lourenço Pinto:
De carro = 28 minutos
Azulzão = 25 minutos
Terminal Boqueirão - Estação Praça Carlos Gomes
De carro = 24 minutos
Azulzão = 20 minutos
Ou seja, o Azulzão vai ser mais rápido que ir de carro. Isso sem contar que o Google não leva em conta congestionamento e motorista tranca-rua (bastante comum na capital paranaense), coisas que o Azulzão está livre, por usar canaleta exclusiva e ter o sistema de prioridade nos semáforos!
Só acho que se perdeu uma ótima oportunidade de se implantar o sistema de tração elétrico, ou seja, implantar o ônibus híbrido. No caso de Curitiba, poderia ser implantado facilmente os trólebus, mas isso causaria poluição visual (por causa daquele monte de fios pendurados) e também, numa possível falta de energia causaria o caos. Portanto, a melhor opção seria mesmo o "ônibus elétrico com autonomia extendida por gerador a bordo" conhecido como ônibus híbrido (mas tecnologicamente falando, não é híbrido).
Fotos e gráficos da Gazeta do Povo
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Daniel Caldeira